1. Os títulos na capa vão ao acordo com a notícia no interior do Jornal?
R: No Semanário Angolense pudemos notar que os títulos das notícias que estão na capa vão de acordo com o conteúdo no interior, excepto a manchete cujo título na capa difere do título no interior do jornal embora a notícia esteja de acordo.
No Jornal O País a maioria dos títulos na capa diferem dos títulos no interior do Jornal.
2. Se respeitam o “lead” e a pirâmide invertida?
R: Como sabemos o lead a primeira parte de uma notícia, geralmente posta em destaque relativo, que fornece ao leitor a informação básica sobre o tema e pretende prender-lhe o interesse. Ele deve fornecer ao leitor as informações básicas sobre o assunto que será tratado na matéria. Para isso, o lead deve responder a seis perguntas. São elas: "O quê?", "Quem?", "Quando?", "Onde?", "Como?" e "Por quê?".
O termo pirâmide invertida é utilizado porque a base desta, aquilo que é noticiosamente mais importante, se encontra no topo, assim, os factos mais interessantes são utilizados para abrir o texto jornalístico, enquanto as de menor relevância aparecem na sequência.
Segundo a análise realizada nos jornais, pudemos constatar que os jornalistas, na maioria das notícias, não respeitam o lead mas no caso da pirâmide há mais cumprimento da regra.
3. Se os editoriais estão assinados.
R: Um Editorial é um texto opinativo não assinado que reflecte a posição colectiva da redacção do jornal. Editoriais não são notícias, são opiniões baseadas em factos. Por exemplo, os editoriais podem criticar a actuação de autoridades públicas e podem também elogiar pessoas por suas contribuições. Seja qual for o assunto, jornais esperam que seus editoriais aumentem o nível de discussão na comunidade.
O editorial é um texto onde a direcção do jornal expressa publicamente a sua posição sobre algo relevante da actualidade. Pertencendo ao género jornalístico de opinião.
O editorial é o principal texto de opinião num jornal e deve aparecer em lugar fixo e destacado do jornal e de igualmente ser separado graficamente da parte da informação, nunca se misturado e pode não ser assinado (submete-se uma assinatura colectiva).
No Semanário Angolense verificamos que há um espaço de opinião que eles chamam “Carta Ao Leitor” que está assinado pelo seu director-geral Graça Campos que tem características de um editorial.
No jornal O País há um editorial mas pudemos reparar que está assinado pelo director-geral Luís Fernando.
4. Se as fotos têm autoria e legenda.
R: A função de uma fotografia no jornal não se limita apenas a ser um complemento da matéria. Ela comunica ao leitor aspectos importantes da notícia, além disso desperta a atenção ao texto jornalístico. A fotografia de jornal deve levar em consideração, além dos valores técnicos os valores artísticos e os valores jornalísticos.
Já a autoria na fotografia é o nome do fotógrafo ou da agência que fotografou o facto. Deve ser publicada em todas as fotos de acordo com legislação específica.
O termo legenda é usado para denominar o pequeno texto que fica próximo a fotografia ou ilustração. A legenda é parte integrante da informação bem elaborada, porque caso seja mal escrita ou adulterada, pode deturpar todo o contexto da imagem e também influenciar na intenção que o fotógrafo teve ao registar uma imagem.
No Semanário Angolense, constatamos que a maioria das fotos não tem legenda e nenhuma tem autoria como se pode ver nas imagens abaixo.
- Foto de Helda Santos Matos; sem legenda nem autoria.
- Foto das testemunhas oculares do confisco dos jornais; com legenda e sem autoria.
No Jornal O País podemos reparar que a maioria das fotos tem autoria e algumas têm legenda.
- Foto do Presidente do Níger; Com legenda mas sem autoria.
5. Se as perguntas das entrevistas foram bem feitas.
R: Podemos dizer que no seu todo, as entrevistas do jornal O País, foram bem feitas mas há que salientar que na entrevista feita à Irene Neto da 7ª Comissão da Assembleia Nacional poderiam ter sido feitas as seguinte perguntas:
Como a comissão tem resolvido a situação dos preços da hemodiálise, visto que os paciente têm se queixado dos preços elevados e a falta de hospitais com essas máquinas?
Que medidas já se tomaram para com as clínicas que recusam receber pacientes por falta de dinheiro?
Como pretendem resolver a questão do mau atendimento aos pacientes?
Que projectos a comissão pretende executar para melhorar o estado actual da saúde em Angola?
Na entrevista à Valter Kifika da Cruz Vermelha de Angola, poderia ter-se colocado as seguintes perguntas:
Em que ano a Cruz Vermelha de Angola começou a actuar em Angola?
Quando fala de doadores, a que tipo de doações se refere? Monetárias? Medicamentosa? Ou outro tipo?
Nas entrevistas à Ramiro Santos e Ângela Mingas não temos nada a acrescentar.
No Semanário Angolense não havia nenhuma entrevista.
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